Para 'nós' um belíssimo sapato.
Para o povo... tome chinelo.
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Quando criancinha - há muitas décadas atrás, é verdade - ouvia falar em apenas três classes sociais: baixa, média e alta.
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* Não sei a partir de quando, percebi que nossa classificação estava prodigamente dividida em ao menos seis faixas: classe alta (ou elite), classe média alta, média classe média, baixa classe média, classe pobre (ou massa trabalhadora) e muito pobres (miseráveis). *
Denominar os pobres como massa trabalhadora pode até ser aproveitado de forma distorcida pelos oportunistas. Nada mais adequado que um termo como esse. Os desavisados, de tanto ouvir, passam a crer na idéia de que só trabalha quem recebe um mísero salário entre 317 a 635 reais por mês. É habito dos populistas convencê-los, subliminarmente se necessário, de que todo trabalhador é um pobre serviçal, como vem fazendo Luís Inácio desde 78. Enganação que enaltece o tapeador e ajuda a colocar uns contra os outros. Ele sabe que povo desunido facilmente será vencido.
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Outro forma de manipular os baixo assalariados é "engrandecê-los" na escala social enquanto procuram soterrar os outros. Assalariados com parcos R$ 3.177,00 mensais aparecem enquadrados na alta classe média, embora no piso da pirâmide. E quase todos acreditam que estão lá no topo quando, felizes como nunca, compram muito, mas tudo a prestação.
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Mas quem faria parte da alta classe média de acordo com sua profissão? Além de economistas, médicos e arquitetos citados em diversos sites, abaixo constam, por exemplo, os gerentes de grandes empresas. Para comparar, a Tabela de Salários e Benefícios - http://www.guialog.com.br/salarios.htm mostra números bem diferentes dos que são divulgados . **
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Enfim, descubro que sou milionária e não sabia, mas me restou uma terrível dúvida: aquele pessoal lá de Brasília, que nós sustentamos e ainda nos fazem de trouxa, como se classificariam? Triliardários? Ou seriam quintupliardários? Não! Não! Talvez centupliardários ainda nem fosse o correto.
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