Depois de perder a Copa, a seleção argentina foi recebida com carinho ao voltar a seu país e Maradona homenageado com pedido para que permaneça como técnico da seleção. Mais de dez mil torcedores foram esperá-los no Aeroporto de Ezeiza.
No Brasil-Antes de irem para a contenda,os jogadores brasileiros foram recebidos por Luís Inácio, o presidente da República já conhecido como o maior pé frio para os desportistas que o visitam antes de jogar. É como se ele SUGASSE a energia dos outros para se fortalecer.
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Ao voltarem derrotados da Copa do Mundo, alguns foram obrigados a enfrentar tumulto, gritaria e empurrões no Aeroporto do Rio. No vídeo abaixo, vemos a desanimação dos jogadores e o rosto assustado. E Dunga, hostilizado, foi demitido por email numa demonstração absurda de fata de respeito.
Caso a seleção brasileira tivesse jogado da mesma forma, mas saísse vitoriosa com a taça pendurada no pescoço, mesmo que fosse por sorte, na volta desfilaria num carro alegórico (como já aconteceu) e seriam amados por todos, pois o importante não é jogar bem, é ganhar. E Dunga, com os jogadores, seriam recebidos no Palácio do Planalto, deixando o nome presidencial vinculado à vitória.
Como não entendo nada de futebol, gostaria de saber se Dunga - que continua sendo meu herói, depois do chega prá lá na repórter da Globo - é responsável pelo chute mal dado, pela pernada maluca que atira a bola para o céu, pela bola que se recusa a entrar e bate na trave.
E ainda escuto dizer que 'o brasileiro não perdoa'. Só se for no caso de jogos, porque no resto está acostumado a deitar para que pisem em cima... com o sapato sujo de kaká.
O presidente de Guiné Equatorial, Obiang Nguema Mbasogo, chegou ao poder há 31 anos atrás, por golpe militar.
O ditador e Luís Inácio ouviram a leitura de um comunicado em que os dois chefes de Estado reconheceram "a importância da democracia e abordam os direitos humanos". Aí está a hipocrisia, não apenas controvérsia, pois ditadura e democracia são coisas absolutamente antagônicas
Tem mais: no tal documento, L.I. e o ditador evidenciaram a necessidade de lutar contra o crime internacional organizado e o tráfico de pessoas, quando a Guiné Equatorial sofre denúncias de tráfico de crianças e de mulheres asiáticas para exploração sexual. E tome mais hipocrisia.
Para embelezar o entrosamento de L.I. com mais um ditador, do país considerado um dos mais corruptos do mundo, Celso Amorim-ministro das Relações Exteriores, alegou que ... "negócios são negócios". Será que Celso Amorim faria algum tipo de negócio com Fernandinho Beira-Mar, por exemplo?
A tara incontrolável que Luís Inácio sente por ditadores
está na sua frase abaixo, quando entrevistado pela revista “Playboy”, em julho de 1979:
"Há algumas figuras que eu admiro muito, sem contar o nosso Tiradentes e outros que fizeram muito pela independência do Brasil e pela melhoria das condições do povo (...). Por exemplo, o Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer (...). Não, não [respondendo ao repórter se admirava Adolf Hitler]. O que eu admiro é a disposição, a força, a dedicação. É diferente de admirar as idéias dele, a ideologia dele (...). Khomeini, não conheço muito a coisa sobre o Irã, mas a força que o (xiita)Khomeinimostrou, a determinação de acabar com aquele regime do Xá foi um negócio sério".