Para começar,
a Melô do Congresso
Soube, nos comentários de ontem (estão abaixo), que o Dep. Alberto Fraga pediu providências contra este blog, em plena sessão da Câmara Federal, com o apoio de Michel Temmer, presidente da chamada "Casa do Povo" que, na verdade é a Casa da Mãe Joana. É como se as palavras do blog fossem uma agressão injusta, partindo de uma única pessoa. Parece que eles não compreenderam direito. Se não cometessem tantas barbaridades e abusos indecente, não nos desrespeitassem de maneira tão insolente, não sofreriam críticas na Internet.
Além de acostumados com sua desonestidade impune, tais políticos não aceitam críticas sobre suas falcatruas. O deputado que pediu providências contra o blog, por exemplo, pagava a empregada com dinheiro público - O NOSSO DINHEIRO - e, ao ser descoberto, nada aconteceu nada com ele, mass a empregada... foi mandada embora. Foi punida pela fraude cometida por seu parão, com o desemprego.
QUEM EXIGE PROVIDÊNCIAS SOMOS NÓS.
Vini disse...
O Dep. Alberto Fraga acabou de mencionar seu blog na sessão da Câmara desta terça. Pediu providências da Procuradoria Parlamentar da CD. - Terça-feira, 13 Julho, 2010
Roberto disse...
Olá! Acabei de assistir ao deputado Alberto Fraga comentar as palavras de seu blog. Quero dizer que apoio seu esforço em lutar contra tanta corrupção. A função do congresso em si é ideologicamente admirável, contudo, o nosso congresso tem sido há muito tempo preenchido por políticos corruptos. Parabéns pela dedicação! - Terça-feira, 13 Julho, 2010
priscilla disse...
Boa noite!
Estava assistindo a Tv Câmara e o Dep. Alberto Fraga mencionou um do texto publicado em seu blog. ... Foi interessante, também, ver a reação de tal deputado, criticando seu texto como se este fosse o maior absurdo e insulto do mundo. E o pior é que o presidente Michel Temer o apoiou e falou mais baboseiras. - Terça-feira, 13 Julho, 2010
SENHORES POLÍTICOS, NÃO ESQUEÇAM
QUE QUEM PAGA SEUS SALÁRIOS SOMOS NÓS.
Quem passou anos, sem direito de falar o que pensa, não pode admitir que venha a censura e, de repente, tire do NOSSO espaço o direito que temos hoje. Ainda mais em pleno governo de Luís Inácio, com sua candidata Dilma Rousseff, que tanto criticam a era da ditadura que nos tolhia.
O Deputado Gerson Peres diz que o projeto de lei apresentado por ele, com imposição de regras aos donos dos blogs, é “em defesa do sagrado direito da honra das pessoas humanas”. Segundo ele, a Internet está sendo usada para “difamar, injuriar e caluniar a cidadania”.
É verdade que as opiniões expostas nos blogs - um direito nosso enquanto estivermos numa democracia - são pessoais, mas se referem a fatos verdadeiros, informações retiradas dos jornais e revistas. Porém, sejam elas quais forem, são uma forma de DESABAFO do qual não vamos abrir mão, e não têm objetivo de “difamar, injuriar ou caluniar”, por não ser do nosso interesse. Atualmente quem está usando a Internet com esse fim são os políticos, com acusações pela disputa de voto. Esses, sim, têm interesse próprio em denegrir seus opositores, o que não é nosso caso.
Quem se sente ofendido tem o recurso DEMOCRÁTICO de entrar com processo contra o agressor. Não é necessário dar marcha a ré na história e implantar a CENSURA, seja qual for o bom motivo.
"Ninguém disse que democracia tem que ser
sempre agradável para políticos"
"Para a vitória temos que unir forças."
- Karl von Clausewitz (1780-1831) -
A Arte da Estratégia na CONTENDA
Censura, jornais, blogs
e liberdade de expressão
Pedro Dória - artigo completo
No último dia 10, o juiz Pedro Sakamoto, da 13ª Vara Cível, Mato Grosso, acolheu pedido de liminar contra dois blogueiros. Cobrava deles mais respeito com o deputado estadual José Riva (PP-MT) e pedia que alguns posts “ofensivos” fossem retirados do ar.
Riva (JOSÉ GERALDO RIVA (PP/MT), presidente da Assembleia Legislativa, tem 92 ações civis públicas por improbidade administrativa movidas contra ele; para não contar outras 17, por formação de quadrilha e peculato. O Ministério Público Estadual tem uma bela ficha do deputado, que está no comando da principal Casa Legislativa do Estado – seja como presidente, seja como primeiro secretário – faz 16 anos.
Segundo a interpretação da decisão que corre no Mato Grosso, os blogueiros podem listar secamente a lista de acusações contra o deputado. O que o juiz não deixa é opinar. Qualquer conclusão que tirem periga culminar de presto em R$ 500 de multa diária.
A Justiça brasileira acaba de inventar a democracia em que o cidadão não pode dizer livremente o que pensa sobre quem elegeu.
O problema que os dois têm com o deputado certamente não é ideológico. Cavalcanti é militante do PT. O blog que Vandoni edita é de todo avesso às políticas do presidente Lula. Se estão em extremos distintos do arco ideológico, no entanto, sérias suspeitas de corrupção política parecem incomodar a ambos profundamente. Mas enunciar os adjetivos que lhes vêm a mente, não podem.
Nesta segunda-feira, hoje para quem lê a coluna nas páginas impressas, O Estado de S. Paulo completa 115 dias sob censura. Os casos não são iguais, mas similares. O jornal está proibido de listar o que sabe a respeito de uma investigação policial que envolve o presidente do Senado, José Sarney. O argumento, aqui, é que fere o segredo de Justiça.
Quando políticos recorrem à Justiça para censurar o livre fluxo de informação na sociedade, jornais e blogueiros, imprensa tradicional ou a nova imprensa, têm a mesma causa: é a da liberdade. Um povo só é realmente livre quando pode saber do que seus representantes eleitos são acusados e com base em quê; daí, tal liberdade se completa quando qualquer um pode subir no caixote de madeira e se manifestar publicamente, não importa com que adjetivos. Ninguém disse que democracia tem que ser sempre agradável para políticos.
É principalmente no interior, onde não há muita imprensa, que entra o poder libertário da internet, capaz de permitir a qualquer cidadão a capacidade de distribuir a informação que tem ou a opinião que estabeleceu.